domingo, 17 de fevereiro de 2013

Os desafios do uso de vídeos em sala de aula

Albari Rosa/Gazeta do Povo / Renaldo Franque, gerente de sistemas pedagógicos do Expoente: colégio tem acervo com dezenas de trechos de filmes e sugestões de atividades pós-exibição


Filmes são poderosos apoios para o professor, mas a eficácia do recurso depende de atividades planejadas que o complementem.

Em tempos de YouTube, o uso de vídeos em sala de aula não chega a ser recebido pelos alunos com a mesma expectativa que provocava em turmas das décadas passadas. A abundância de opções à disposição dos estudantes, pelo contrário, exige um apurado senso crítico do professor, que deve pensar não só na qualidade das imagens, mas se o vídeo escolhido é mesmo relevante para a aprendizagem ou se oferece mero entretenimento.

Situação comum na rede pública de ensino, quando um professor falta, a opção de levar os estudantes para a sala de vídeo é com frequência uma das primeiras a ser levantada. Em parte isso se explica pela disposição dos alunos que, mesmo acostumados com os vídeos, veem o momento do filme como algo diferente na rotina escolar, e com frequência dedicam até mais atenção ao que se passa na tela do que às aulas comuns.

Recomendados

Com ajuda dos leitores que enviaram e-mails e postagens nas redes sociais, a Gazeta do Povo produziu uma lista com os 10 filmes mais lembrados por quem os assistiu na escola. Confira:

1. Ilha das Flores

O documentário em curta-metragem do cineasta brasileiro Jorge Furtado, produzido em 1989, foi o mais citado dos filmes assistidos em sala de aula. Cheio de ironia, e com uma linguagem que lembra a de uma enciclopédia, a obra enfoca a desigualdade social produzida pelas relações econômicas.

2. Sociedade dos Poetas Mortos (1989)

3. Tempos Modernos (1936)

4. O Nome da Rosa (1980)

5. A Corrente do Bem (2000)

6. Patch Adams - O Amor é Contagioso (1998)

7. A Missão ( 1986)

8. Escritores da Liberdade (2007)

9. Ao Mestre com Carinho (1967)

10. Super Size Me (2004)

Dicas

Confira algumas sugestões feitas pelo professor José Manuel Moran no estudo O Vídeo na Sala de Aula:

- Vídeo como sensibilização: É aquele que introduz um novo assunto para despertar curiosidade. Ele motiva pesquisas que podem ser pedidas para aprofundar o tema.

- Vídeo como ilustração: Ajuda a mostrar o que se fala em aula, apresentando cenários desconhecidos dos alunos. Por exemplo, um vídeo que exemplifica como eram os romanos na época de Julio César.

- Vídeo como simulação: Pode simular experiências de Química que seriam perigosas em laboratório ou exigiriam muito tempo e recursos. Um vídeo pode mostrar, por exemplo, o crescimento acelerado de uma árvore (da semente à maturidade) em poucos segundos.

- Vídeo como conteúdo de ensino: Apresenta um tema específico e orienta a sua interpretação, com dados e explicações, como documentários.

No entanto, uma atividade que podia ser aproveitada para trabalhar habilidades importantes, acaba sendo desperdiçada quando a prioridade torna-se apenas manter a turma sob controle. É o que diz o professor José Manuel Moran, doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo e diretor de Educação a Distância na Universidade Anhanguera.

Moran é autor de um estudo intitulado O Vídeo na Sala de Aula, no qual elenca uma série de práticas positivas e negativas de professores que usam filmes no processo de aprendizagem. “O aluno não é bobo. Ele percebe quando você passa um filme só para ocupar o tempo ocioso, e acaba associando o vídeo a não ter aula”, diz.

Para Moran, vídeos são poderosos apoios de aprendizagem, mesmo que os alunos já tenham assistido ao conteúdo em suas casas ou na internet, porque o contexto escolar favorece a expectativa de um debate ou a tarefa de produzir uma resenha. Além disso, há temas em que recursos audiovisuais permitem a ativação de sentidos que as explicações orais tradicionais não fornecem. “Para mostrar o impacto de um tsunami ou de um terremoto, por mais que você descreva, a explicação não é tão eficaz quanto uma filmagem”, exemplifica o professor.

Tempo

A questão do tempo gasto na exibição de filmes é outro fator que preocupa na hora de optar pelo recurso. Como a maior parte das produções cinematográficas duram de 90 a 120 minutos, passar um filme na íntegra significa ocupar duas aulas ou mais. Para solucionar o problema sem abrir mão dos vídeos, o Colégio Expoente, de Curitiba, desenvolveu um sistema no qual estão armazenadas dezenas de trechos de filmes, que duram entre 10 e 20 minutos.

Cada vídeo é editado por uma equipe técnica, a partir de orientações pedagógicas que definem quais trechos do filme serão usados para trabalhar determinados assuntos. O sistema ainda inclui sugestões de atividades a serem realizadas logo após a exibição. “Não dá pra colocar o filme inteiro, então nós o usamos como estímulo e em seguida aplicamos as atividades”, explica o gerente de sistemas pedagógicos, Re­­naldo Franque. “O sistema custou caro, mas é mais útil do que se imagina”, avalia.


Respeito à liberdade de pensamento

Outro uso comum de filmes em sala de aula que não contribui para a aprendizagem é a exposição de vídeos com o objetivo de enfatizar e expor opiniões pessoais do professor. Segundo a psicóloga e professora da pós-graduação do Centro Universitário FAE Nelcy Finck, quando um filme não taz conteúdos muito relevantes para a disciplina e apoia explicitamente uma posição política, religiosa ou de comportamento, a prática pode desrespeitar a liberdade de pensamento dos alunos.

“O professor pode até apresentar suas ideias, desde que promova um debate equilibrado em seguida”, diz. Para Nelcy, a tentativa de impor ideias por meio de conteúdos audiovisuais não é apenas desrespeitosa como ineficaz. “Rara­­mente isso tem algum efeito sobre os alunos. Para mudar a forma de alguém pensar, a credibilidade pessoal de quem fala conta muito mais”, explica. A psicóloga explica que crianças nos primeiros anos do ensino fundamental são mais suscetíveis a esse tipo de influência, mas em adolescentes e jovens, quando não há abertura para o debate após o filme ou este é conduzido de forma parcial, o resultado costuma ser o oposto do esperado. “Quando você não respeita a liberdade dos jovens, o desconforto com o tema o fará sair de sala pior do que entrou”, conclui.

 

sábado, 16 de fevereiro de 2013

O melhor do computador

Só ter equipamentos na escola não basta. Confira aqui o que ajuda no aprendizado e o que serve apenas para agradar aos pais

PRODUÇÃO NA WEB Projeto de site dos alunos do Colégio Joana D’Arc, em São Paulo, é focado no conteúdo curricular. Foto: Reprodução
PRODUÇÃO NA WEB Projeto de site dos alunos do Colégio
Joana D’Arc, em São Paulo, é focado no conteúdo curricular.
Foto: Reprodução
Quando perguntados sobre quais atividades extracurriculares gostariam que a escola oferecesse, os pais de estudantes de escolas públicas da capital paulista foram categóricos: cursos de computação, disseram 36% dos entrevistados. Os dados da pesquisa - realizada pelo Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial em parceria com a Fundação Victor Civita - revelam a expectativa que há em torno da sala de informática. Porém apenas ter um espaço bem montado não basta.

"A tecnologia deve ser utilizada para apresentar e aprofundar conteúdos curriculares. Usar o computador somente para ensinar programas de informática é desperdício", diz o pedagogo Wagner Antônio Júnior, coordenador do Projeto de Apoio Pedagógico Informatizado da Faculdade de Agudos, a 410 quilômetros de São Paulo. O ideal é estabelecer objetivos pedagógicos para que as atividades tenham foco e fazer do laboratório uma extensão da sala de aula.
Para isso, a internet nem sempre é imprescindível. José Junio Lopes, coordenador do laboratório de informática do Colégio Joana D’Arc, em São Paulo, exemplifica: "O aluno pode fazer apresentações em slides, usar editores de texto e elaborar planilhas e gráficos. Essas ferramentas de aprendizado não requerem a rede mundial de computadores".

Com ou sem a rede, o fato é que o planejamento é fundamental. "Definir as ações que serão feitas no computador é tão importante quanto ser criativo na hora de elaborar a aula", salienta a professora Antonia Lucélia Mariano, de Juazeiro do Norte, a 565 quilômetros de Fortaleza, ganhadora do prêmio Educarede de Internet e Inovação Pedagógica, promovido pela Fundação Telefônica.

Para ajudá-lo a planejar e acabar com os equívocos sobre o uso do computador na sala de aula, NOVA ESCOLA elaborou os quadros da página ao lado. No primeiro, estão atitudes e procedimentos para fazer do computador um aliado. No segundo, os que comprometem qualquer projeto de informatização escolar.

Assim dá certo

1 Escolher conteúdos Eleger e estudar os conteúdos que serão apresentados ou aprofundados na sala de informática é essencial para que a aula seja objetiva e produtiva. Além disso, faz com que o professor se sinta mais seguro na hora da aula.

2 Selecionar programas Com o conteúdo escolhido, é hora de encontrar os programas e sites mais apropriados para atingir as metas de aprendizagem. Se a aula é de redação, um editor de textos é uma boa opção.

3 Fazer o roteiro da aula Todas as atividades precisam ser bem estruturadas e bem planejadas, prevendo momentos de pesquisa, de visualização do conteúdo estudado e de troca de informações. Isso evita a dispersão.

4 Incentivar a interação Os alunos devem interagir para construir conhecimento. Para tanto, que tal criar blogs, e-mails e fóruns?

5 Usar jogos educativos Os desafios propostos pelos softwares e jogos virtuais estimulam os jovens e complementam a aula de forma lúdica.

6 Explorar o audiovisual
A internet e os programas educativos oferecem vídeos e animações que favorecem o aprendizado. Use-os!

7 Permitir que o aluno crie Publicar textos em blogs ou sites e fazer apresentações em slides torna o estudante produtor de conteúdo e de conhecimento.

8 Evitar a desatenção
Para a turma não perder o foco da aula, vale bloquear o acesso a sites de relacionamento, salas de bate-papo e programas de mensagens que não sejam coerentes com o conteúdo ensinado.

9 Criar espaço lúdico Todos precisam ficar à vontade na sala de informática. Por isso, coloque nas paredes cartazes, mapas, ilustrações e trabalhos dos alunos, criando um ambiente acolhedor e rico em informações.

10 Preparar-se bastante Você se sentirá mais seguro na sala de informática se aprender a usar a máquina, a internet e os programas
básicos. Além disso, terá melhores resultados.
 
Assim não dá

1 Dar aula só de informática
O objetivo das aulas na sala de informática não deve ser formar técnicos, mas melhorar o aprendizado. Por isso, evite o uso do espaço apenas para ensinar a operar programas.

2 Não ter planejamento A falta de objetivos claros faz com que tanto professor como alunos percam o foco, comprometendo o aprendizado.

3 Achar que a turma sabe tudo Embora os jovens sejam espertos quando o assunto é informática, é um erro supor que todos dominem as ferramentas com a mesma destreza. Não deixe de ensinar como operar os programas básicos. Dessa forma, os menos plugados conseguirão acompanhar as aulas.

4 Usar a sala para distração Computador na escola tem de estar voltado somente para a aprendizagem. Se a garotada usar o laboratório no período entre aulas, vai associá-lo somente ao lazer.

5 Liberar o entretenimento Sites de relacionamento, download de músicas e jogos eletrônicos dispersam o aluno durante a aula

6 Deixar os alunos sozinhos Sem mediação, eles iniciarão bate-papos e ainda poderão acessar conteúdos impróprios.

7 Censurar demais
Se for para encontrar páginas e ferramentas sobre o tema da aula, não cerceie a liberdade da turma na hora de navegar na internet.

8 Ter poucas máquinas
As atividades ficam prejudicadas quando os estudantes não usam o computador de forma igualitária. O ideal é ter um equipamento para cada dois alunos. Assim, todos terão a chance de operá-lo durante a aula.

9 Ver o micro como rival Se você tiver medo da tecnologia e dos avanços que ela traz, jamais vai enxergá-la como uma fonte de conhecimento e informação. Quando bem utilizada, a tendência é que ela vire aliada, em vez de concorrente.

10 Usar equipamento ruim Computadores muito lentos e defasados sempre causam frustração e perda do interesse por parte dos alunos. Evite-os.
Quer saber mais?
CONTATOS
Antonia Lucélia Mariano 
José Junio Lopes
Wagner Antônio Júnior

BIBLIOGRAFIA
A Informática Educativa na Escola
, José Gregorio de Llano e Mariella Adrian, 82 págs., Ed. Loyola, tel. (11) 6914-1922 , 11,60 reais
A Máquina das Crianças: Repensando a Escola na Era da Informática, Seymour Papert, 220 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444, 44 reais

Direitos e Deveres das Crianças e Adolescentes

Esta lei dispõe sobre a proteção integral á criança e ao adolescente, considera-se criança, para efeitos desta lei, a pessoa até doze(12) anos de idade incompletos e adolescentes aquela entre doze (12) e dezoito (18) anos de idade. (Art. 1º e 2º do ECA).”



Está cartilha pretende mostrar a você educador, cidadão, criança, adolescente, poder público, gestores e sociedade que é dever assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes á vida, á saúde, á alimentação, á educação,ao esporte, ao lazer, á profissionalização, á cultura, á dignidade, ao respeito, á liberdade e a convivencia familiar e comunitária independentemente da idade de cada um.


Sempre que toda criança e adolescente tiver dúvidas a respeito de seus DIREITOS E DEVERES, deverá procurar o CONSELHO TUTELAR.


Porque o CONSELHO TUTELAR tem o compromisso de garantir e assegurar com absoluta prioridade á efetivação dos DIREITOS E DEVERES da criança e do adolescente.


    O Conselho Tutelar é responsável:


I- Atender e aconselhar crianças e adolescentes
II - atender e aconselhar os pais e responsáveis na tutela ou guarda de seus filhos
III - Informar os direitos e deveres (limites) da criança e adolescente
IV - Ouvir queixas e reclamações dos direitos e deveres ameaçados e/ou violados
V - Requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, providencia, trabalho e segurança
VI - Garantir e fiscalizar os direitos e deveres da criança e do adolescente
VII - Participar de ações que combata a violência, a discriminação no ambiente escolar, familiar e comunitário


   DIREITOS


*O que é justo conforme a lei:

*Privilegio que alguém tem de exigir
conjunto de normas e regras
proteção integral.
*À vida e saúde
*À liberdade, respeito e dignidade
*À convivencia familiar e comunitária
*À educação, cultura, esporte e lazer
*À profissionalização e proteção ao trabalho.


   DEVERES


*Cumprir regras e normas
*Obedecer a ordens dos pais, familiares e professores
*Participar da convivencia familiar e comunitária
*Estudar e frequentar a escola
*Respeitar todas as pessoas independentes de raça, cor, sexo, religião ou classe social
*Praticar os bons costumes
*Conhecer os valores da escola, da família, e da sociedade
*Preservar os espaços públicos e meio ambientes
*Procurar o conselho tutelar sempre que tiver dúvida sobre direitos e deveres a serem cumpridos.


  DIREITOS:


  VIDA E SAÚDE:


*Nascimento e desenvolvimento sadio e harmonioso
*Condições originais de saúde e vida
*Garantia pelo atendimento pelo sistema unico de saúde(SUS)
*Atendimentos especializados
*Medicamentos, próteses, orteses e outros recursos relativos ao tratamento de habilitação e reabilitação
*Tratamento especializado em depemdencia química(álcool, cigarro, maconha, cocaína…)
*Saneamento básico ( rede de esgoto, tratamento de água)
*Prioridade absoluta no atendimento hospitalar e ambulatorial
*Politicas públicas voltadas á criança e adolescente.


  LIBERDADE, RESPEITO E DIGNIDADE:


*Ir e vir em lougradoros públicos e espaços comunitários
*Participar da vida familiar e comunitária
*Brincar, praticar esportes e divertir-se:
*Condições humanas de existência (moradia descente, ruas das cidades limpas e pavimentadas)
*Liberdade de expressão (expor as idéias dentro do contexto):
*Ser respeitado como cidadão de direitos e deveres:
*Ser respeitado como pessoas humana em processo de desenvolvimento psicologico e físico.


  CONVIVENCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA:


*Ser assistido, criado e educado por uma família
*Receber sustento, moradia, higiene e vestuário
*Convívio com a família (ser amado e respeitado)
*Socializar-se com outros crianças e adolescentes
*Ir e vir em ambientes familiares (com pais de moradias diferentes).


  EDUCAÇÃO, CULTURA, ESPORTE E LAZER:


*Igualdade de condições para acesso e permanência na escola
*Ser respeitado por seus educadores e funcionários:
*Organizar e ajudar nas atividades escolares
*Acesso a escola pública e gratuita próxima a sua residência
*Atendimento educacional especializado aos portadores de necessidades especiais na escola regular
*Programações educacionais, culturais, esportivos e lazer:
*Organização e participação em entidades estudantis
*Ensino fundamental, obrigatório e gratuito inclusive para os que a ela não tiveram acesso na idade própria
*Progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuita ao ensino médio
*Atendimento em creche e pré-escola ás crianças de zero a seis anos de idade.


  DEVERES:


*Respeitar ordens do pai ou responsável legal, familiares, escola, idosos e comunidade em geral:
*Respeitar os horários estabelecidos para crianças e adolescentes
*Não permanecer em casas de jogos, bailões, bares e similares além do horário permitido por lei
*Participar das atividades familiares e comunitários
*Amar as pessoas com quem convive
*Respeitar a si mesmo e todas as pessoas independentes de raça, cor, sexo, religião, classe social ou idade
*Ajudar nas tarefas de casa (arrumar seu quarto, secar a louça entre outras tarefas domésticas isso se chama “educação doméstica” Ir á escola com frequencia
*Participar das atividades educacionais, culturais, esportivas e lazer
*Respeitar seus educadores e funcionários da escola
*Estudar em horários fora da escola (em casa e bibliotecas)
*Fazer as tarefas diariamente
*Perguntar ao professor quando tiver dúvida
*Respeitar os colegas de class
*Ser organizado com seus materiais
*Manter a escola limpa
*Estudar com disciplina e postura
*Cumprir com os compromissos escolares
*Usar uniforme
*No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade de criança e o acesso ás fontes de cultura.
*Os municípios, com apoio dos Estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços para as programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude (artigos 58 e 59 do ECA );
     Participação especial: Ana Paula Wanderley

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

A TV COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA

   

 A TV é uma grande ferramenta pedagógica quando é bem utilizado, para fazer pesquisas, vir depoimentos, noticias atuais, entrevistas, que levam o aluno a estar em conviveu com o cotidiano. Por exemplo, se for ter uma entrevista em certa rede de TV, e o professor fizer com os alunos assistam, e tragam um relatório, é muito interessante. Agora o que não deve ser feito é a utilização da TV de modo indevido, fazendo com os alunos dispersa, isso é muito perigoso e deve ser analisado, pelo professor e verificado, para não ter transtorno com alunos usando a TV indevidamente.




terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O ENSINO-APRENDIZAGEM DAS CIÊNCIAS DA NATUREZA COM VISTAS À EDUCAÇÃO INTEGRAL E INTEGRADA.


        

   Ao longo de nossa jornada no estudo da Educação Integral e Integrada, aprendemos que nessa modalidade de ensino, não acontece apenas o aumento da jornada de estudo e sim uma melhora em âmbito geral na aquisição de conhecimentos, ampliando a dimensão da educação, pois a proposta é globalizar o ensino de forma que todos tenham o aprender e o que ensinar, deixando de ser fragmentada. Nessa perspectiva, o conhecimento é adquirido além do currículo da Base Nacional Comum ele também é oriundo das experiências que cada um traz consigo e também daqueles conhecimentos adquiridos com o convívio com a sociedade.

                Direcionando o que aprendemos para o aprendizado de Ciências da Natureza, temos a responsabilidade de articular o conteúdo dos currículos com as experiências oriundas de nossos estudantes e sociedade sabendo aproveitá-los com o intuito de fornecer uma informação mais ampla sobre os assuntos a serem estudados.

               Para fazer de nossos alunos atores e autores do aprendizado, temos ferramentas que podem nos ajudar a conduzir com facilidade essa realidade. O computador, por exemplo, ao ser usado pelo aluno, possibilita inúmeras maneiras para ajudar na assimilação de conteúdos. Através dele o aluno tem a sua disposição informações diversas sobre os mais diferentes temas. Vale ressaltar que cabe a nós educadores, alertar para as “armadilhas” que os alunos podem se deparar com o uso da Internet, ajudando-os a discernir os sites confiáveis.

              O vídeo pode ser mais um aliado para melhorar a qualidade das aulas, pois os alunos podem assistir vídeos que reproduzam a realidade da comunidade ou até mesmo produzir seus próprios vídeos através de suas experiências pessoais, contribuindo assim para contextualizar o conteúdo. Pois, através da imagem é possível ressaltar o conteúdo visto nas aulas expositivas e dessa forma aumentar o interesse e assimilação.

             A TV é outra ferramenta pedagógica que pode ser muito útil para aprimorar o processo ensino-aprendizagem, pois pode ser usada com a possibilidade de enfocar o que vimos no submódulo 4, a CTS (Ciência, tecnologia e sociedade) através da inserção social. Também é possível ver programas de cunho ambiental, de conscientização de bons hábitos, etc.
           Agora vejamos os vídeo: 
  


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Crissiumal - Campanha de cunho ambiental promove a troca de óleo por barras de sabão

  http://www.regiaoceleiro.com.br/index.php?opc=noticia_completa&id=6715


Crissiumal - Campanha de cunho ambiental promove a troca de óleo por barras de sabão
Fonte: Correio do Povo

 1) como é possível organizar essa ação na minha escola?

2) Quais os benefícios que essa ação tráz?

3) Por que é preciso fazer a nossa parte em prol do meio ambiente?

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Estatuto da Criança e do Adolescente completa 20 anos com desafio de fazer cumprir suas metas


Carências passam pela falta de atendimento na polícia ao treinamento de conselheiros
Marina Novaes, do R7                    

Considerado um marco da defesa dos direitos humanos no Brasil, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) completa 20 anos nesta terça-feira (13) celebrando a redução da mortalidade infantil em 58% e a retirada de cerca de cinco milhões de crianças de postos de trabalho. Apesar dos avanços, o texto ainda apresenta lacunas e, além disso, o país precisa aumentar as políticas públicas para garantir que todas as crianças tenham acesso aos direitos garantidos por ele – o que ainda não acontece.
Para a Subsecretária de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Carmen Silveira Oliveira, um dos principais desafios que o Brasil precisa encarar é a falta de uma rede de atendimento especializada no Judiciário e na polícia.
- Precisamos de mais juizados [de menores] e mais núcleos especializados em casos envolvendo crianças e adolescentes. Também faltam delegacias voltadas tanto para o atendimento de crianças vítimas de violência, quanto especializadas em casos em que os adolescentes são os autores de infrações na lei.
Um dado que ainda preocupa é o número de adolescentes infratores cumprindo medidas socioeducativas no país: em 2009, 16.940 menores estavam internados, contra 4.245 em 1996, segundo dados da Secretaria Nacional de Direitos Humanos. 
Embora a taxa o número de adolescentes infratores internados tenha diminuído na última década – entre 1996 e 1999, por exemplo, o número de internações cresceu em 102,09%, contra 2,44% entre 2007 e 2009 – há quem defenda que a redução da maioridade penal – de 18 para 16 anos de idade – possa mudar esse quadro. 


Desde 2007, uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que propõe a redução da maioridade penal está parada no Congresso. Na ocasião, o relator do texto na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), argumentou que pessoas de 16 anos já estavam aptas a responder pelos seus atos, e observou que os crimes considerados “leves” continuariam a ser julgados de acordo com o ECA. 



Para a subsecretária, porém, a análise está equivocada, e o país não tem estrutura, em seu sistema prisional, para receber esses adolescentes e, muito menos, para ajudá-los a retomar o convívio em sociedade. O tema é polêmico e, embora urgente, ainda não há previsão para retornar à pauta.

1922 – Inauguração do primeiro estabelecimento público para menores no país, no Rio de Janeiro.
1924 – Criação do Tribunal de Menores, estrutura jurídica que serviu de base para o primeiro Código de Menores.   
1927– Promulgação do Código de Menores, primeiro documento legal para a população menor de 18 anos, conhecido como Código Mello Mattos.
1950 – Chega ao Brasil a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), quatro anos após seu surgimento no exterior.
1959 – Declaração Universal dos Direitos da Criança é aprovada pela Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).
1979 – Criação do segundo Código de Menores no país.
1990 – Promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente, documento considerado um marco na luta pelos direitos humanos.
Entre 2000 e 2009 – aprovados os planos nacionais contra a exploração sexual de crianças e adolescentes; contra o trabalho infantil; e em favor da promoção dos direitos das crianças e do adolescente na convivência familiar e comunitária.
2009 – Sancionada a Lei Nacional de Adoção, que acelera o processo de adoção e cria mecanismos para evitar que crianças e adolescentes fiquem mais de dois anos em abrigos.
Fonte: Agência de Notícias dos Direitos da Infância.



Avanços e desafios
A criação de conselhos tutelares é outra contribuição do ECA, na opinião do consultor e conferencista Luciano Betiate, do Paraná, que já foi conselheiro tutelar e hoje se dedica a treinar outros profissionais da área. Segundo ele, a necessidade de treinamento é uma das principais demandas dos conselheiros, que lidam diariamente com crianças que tiveram seus direitos violados, principalmente, as vítimas de violência doméstica.
Carmen admite que o preparo dos conselheiros tutelares é um dos maiores desafios que o governo tem e conta que, para tanto, foram criadas escolas e um sistema de ensino à distância, pela internet, para este público. Entretanto, para ela, ainda é preciso dar um salto de qualidade, o que também depende dos próprios profissionais.
Assim como a lei da Adoção, aprovada em 2009, o projeto de lei que institui a criação do Sinase (Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo) é outro ponto que deve aprimorar o ECA. De autoria do governo federal, o texto foi aprovado pela Comissão de Educação do Senado na semana passada, mas ainda precisa passar por outras comissões da Casa antes de ir a plenário.
Apesar dos desafios urgentes, o ECA ainda é considerado inovador e atual, mesmo 20 anos após sua criação. O que falta, dizem os especialistas, é o aprimoramento e a atualização de alguns pontos do texto. Para se ter uma ideia, somente no primeiro semestre deste ano, o Disque Denúncia Nacional de Abuso e Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes (Disque 100), do governo federal, recebeu 73 denúncias por dia, em média, de casos envolvendo crianças violentadas ou espancadas, entre outros tipos de violência.
Além disso, avalia Betiate, são necessárias mais políticas públicas para esse público, se o país quiser mudar esses indicadores.
- Antes do ECA, as crianças e adolescentes eram tratadas como um problema para o Estado. Isso mudou, mas não podemos ignorar que é preciso avançar mais.
 Aqui temos alguns vídeos sobre o ECA